segunda-feira, 30 de abril de 2012

Despedida


Oi, minha gente.

Cheguei ao fim do meu blog. Já contei tudo o que tinha que contar, sem me repetir.

Espero que todos tenham se divertido com o tanto que conseguiram ler.

Mas antes, resolvi escrever este último post sobre um assunto que li no jornal e que me deixou atônita. Desejo compartilhar com vocês.

Outro dia meu filho me falou, mas olha o problema do primeiro mundo, “meu novo telefone celular não tem flash”, uma frase proferida pela minha filha ao trocar de telefone ultimamente. Ele falou, com tanta gente passando fome na África e essa é a preocupação do primeiro mundo.

Foi uma expressão muito inteligente e interessante, mostrando que ele é um jovem consciente das coisas, graças a Deus. E é claro que ela na realidade não se importou com a coisa, mas a propósito disso, estou escrevendo este post que fala exatamente sobre isso, os problemas “absurdos” e inconcebíveis do primeiro mundo, capazes de cegar as pessoas para a realidade mundial. Não é à toa que a Alemanha fez o que fez...



Estocagem

Este é um bom termo para designar aquelas pessoas que abarrotam suas garagens de tranqueira aqui na Austrália.

Acabei descobrindo que isso é mesmo uma doença feia, e tem até nome, “hoarding” (syndrome de estocagem). Trata-se de uma doença mental, uma desordem comportamental obssessiva-compulsiva, onde as pessoas são classificadas como “compulsive hoarders” (estocadores compulsivos). Ela baseia-se no instinto que os animais tem de estocar comida para os tempos de escassez.
Tranqueira
Fui fundo, não é? Mas não fui eu quem resolvi escrachar com os australianos de vez não, saiu na resvista “Good Weekend” (Bom Fim de Semana) do jornal “The Sydney Morning Herald” e eu fiquei surpresa.

A doença é tão feia que pode matar. Tem um caso famoso nos Estados Unidos em que dois irmãos morreram embaixo de 140 toneladas de trecos mantidos dentro de casa, os irmãos Collyer da Quinta Avenida de Nova Iorque, onde moram os maiores milionários do mundo.

Claro que este é o cúmulo de até onde a doença pode levar uma pessoa, mas a maioria fica a caminho disso. Tendo-se tornado totalmente anti-sociais, chegou a um ponto em que o irmão mais novo saia pela rua catando comida no lixo de noite para o irmão mais velho que havia ficado cego. Ambos formados em universidades, o irmão mais novo se considerava inventor e dizia ter inventado uma dieta para curar o irmão mais velho, então ele também colecionava jornais para quando o irmão ficasse curado, pudesse ler e se atualizar com as notícias. Anti-sociais mas por dentro das notícias!

Tudo aconteceu no início do século passado, lá pelos anos de 1920. A paranóia de que lhe roubassem o fez construir armadilhas para todas as portas e janelas, e foi uma destas armadilhas que o matou, antes de toneladas de jornais cairem sobre ele, soterrando-o completamente. O irmão mais velho morreu dias depois por falta de nutrição e desidratação. Foram vários dias para achar o irmão mais novo que estava só a 3 metros de distância do irmão mais velho, porém coberto de jornais e cacarecos.

Bem, esta história é chocante, mas me impressionou muito. Agora sei explicar o que acontece com o povo daqui, e ao invés de raiva, a gente passa a ter é pena.

Diz o jornal que as pessoas adquirem um laço com o objeto, como se fosse pecado jogá-lo fora.

Estas pessoas atacadas desse mal enchem suas casas de trecos e depois não tem coragem de se livrar deles. Chegou a um ponto em que uma família na Austrália comprou outra casa do outro lado da rua para começar a enchê-la também de trecos, porque já não dava mais pra viver na casa anterior, e eles também não esvaziaram ela, preferiram se mudar. Quer dizer, dinheiro para estas pessoas não é problema. Só sendo doente mesmo pra não ver como se poderia usar tal dinheiro muito melhor, fazendo o bem a tanta gente.

Por aí você vai tirando conclusões sobre tudo o que eu tenho escrito aqui, de como é o comportamento deste povo, e de suas ligações familiares, sentimentos uns para com os outros, família e tal. A coisa é feia desse jeito.

A reportagem diz que a síndrome pode ter a ver com a carência. Pessoas que nasceram pobres costumam acumular coisas que nunca tiveram como se fossem preciosidades. Em outro exemplo dado, uma senhora tornou-se incontrolável depois de ter acabado dois casamentos e a filha fugido com um rapaz aos 16 anos. Quer dizer, tem deficiência de comportamento baseada em dificuldades de relacionamento embutidos na razão desta síndrome.

As pessoas sabem que tem alguma coisa errada, mas não conseguem controlar.

A mesma mulher que falei acima, uma mulher cuja mãe não lhe respeitava e um dia deu todas as bonecas e casinhas dela para a beneficência sem consultá-la primeiro, dizendo que ela já estava grandinha para aquilo, começou a acumular coisas quando se tornou profissional independente, e comprou tudo de volta, o mesmo tipo de bonecas e casinhas, entulhando em casa, com a intenção de dá-las para sua filha, que acabou não dando.

O pior é quando a pessoa coleciona animais e chega a um ponto em que não dão mais conta da sujeira, e o lugar se torna um chiqueiro odiado pela vizinhança, que começa a denunciar para os defensores dos animais virem recolher os bichos. Estas pessoas agem nas melhores das intenções, mas não tem mais bom senso, perdem a noção das coisas. Isso também é muito comum na Austrália, pessoas viverem reclusas do mundo, se recusando a viver com pessoas, e transferindo seu amor para os bichos, um amor doentio e egoista que não vê o que é melhor para eles, só o que é melhor para si mesmas.

E por falar em chiqueiro, não é preciso nem ter animais para que a casa vire um chiqueiro, isto também pode acontecer só com as pessoas. Um exemplo aconteceu em um bairro vizinho ao nosso conforme noticiado no jornal da comunidade, em uma “Boarding House”, assim como é chamada uma pensão, aonde viviam 7 pessoas dividindo o mesmo teto. Eles viviam num ambiente degradante aonde a sujeira tomou conta de tudo e acabou dizimando uma a uma das pessoas por causa da total falta de higiene. Todos adoeceram por conta da situação que ficou insutentável, e dentro de 2 anos todos acabaram morrendo do mesmo mal.  

Isto é o cúmulo do egoísmo? O cúmulo da solidão? Como é que ninguém é capaz de explicar isso, que para mim é tão óbvio, como boa brasileira, claro?

É o cúmulo da falta de amor, minha gente.

Fiquem com Deus.

10 comentários:

  1. Tatá,

    conheci seu blog porque sou geógrafa e estou escrevendo um material sobe a Austrália; confesso que estou encantada com seu humor e estilo de escrever e postar. É muito difícil encontrar informação de qualidade sobe este país. Vou ler mais, continue postando!
    Fernanda

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    1. Oi, Fernanda, estou reorganizando minhas respostas. Esta resposta tinha sido colocada no dia 21 de junho de 2012 16:49, no lugar errado.
      Obrigada, Fernanda.
      Infelizmente pouca gente estava lendo então resolvi encerrar meu blog para não ficar me repetindo.
      Nem todo mundo aprecia a verdade.
      No momento estou no Brasil e comparando ainda mais a nossa vida nos dois lugares. Por exemplo, tomamos vacinas de graça no Brasil regadas a um atendimento simpático, rápido, eficiente e caloroso, enquanto na Austrália nos custaria $400 Reais cada uma. O trânsito anda caótico, mas não é diferente de Sydney. 2 horas para chegar no trabalho lá é comum também. O abacate é três vezes o tamanho do de lá que se come como manteiga no sushi e 7 vezes mais barato. Nem sonhar com esta mesa farta de pratos colaterais ao famoso churrasco brasileiro servido no espeto, outra raridade no exterior, mesmo nos estabelecimentos brasileiros, que têm que ser adaptados ao gosto local. Xuxu dá como na serra enquanto lá ninguém conhece e custa dez vezes mais.
      E muitas outras coisas interessantes.

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  2. Li o blog todo, vc escreve muito bem! Apenas senti falta de comentários, opiniões... sua família aqui no Brasil não acompanhou suas postagens?

    Pena você ter aprado, mas tá me parecendo que será uma pausa temporária... logo, logo, você encontrará novos assuntos e temas a tratar.

    Vou me despedindo te desejando tempos melhores nessa Sidney que tem mais vida e alegria, e meus sinceros votos de que tudo continue correndo bem a vc e sua família.

    Abraço daqui de São Paulo, Brasil!!
    Fernanda

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    1. Oi, obrigada pelo elogio. Desculpa, como fechei o blog, não tenho olhado os comentários que tem que ser mediados antes de serem publicados porque eu estava com medo das pedradas ou que alguém me identificasse para a NSA espiã norte-americana, he, he. Me parece que minha pausa vai ser temporária mesmo porque, depois de tanto incentivo, e como continuo tendo coisas pra contar, além de haver recebido sugestões interessantes de quem se dignou a ler e comentar, talvez esteja voltando em breve, pois não faltam temas, que podem ser repetidos, mas sob nova ótica "mais madura" por ter vivido aqui em Sydney já a quase 3 anos. Obrigada também pelos votos de felicidades para a minha família. Disso não posso reclamar, exceto de que, por influência da cultura australiana, meu filho que ora está nos Estados Unidos por um período, mal me manda notícias, chuinf!
      Minha família acompanhava meu blog no Brasil e se divertia muito no início, mas logo cansaram de ler, sabe como é, brasileiro não tem muita prática com leitura, he, he. Para quem não tinha computador (isso ainda existe), eu chegava a imprimir 6 páginas de cada vez e mandar pelo correio, então as pessoas repassavam umas às outras. E agora, com essa mania de Facebook, há até quem diga que os blogs estão com os dias contados. Pelo que dizem os meus comentários, acho que são coisas totalmente diferentes. Facebook é para urgências e para quem não sabe escrever, he, he. Nem me procure lá, vou resistir até a morte em não entrar pro Facebook, que Deus me proteja.

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  3. Adoreeei esse blog estou me divertindo !!!

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    1. Oi, Mariana, estou reorganizando minhas respostas. Esta resposta tinha sido colocada no dia 14 de setembro de 2012 19:54, no lugar errado.
      Obrigada, Mariana, ah se todos pensassem assim como você, eu teria continuado meu blog, porque ainda teria muita coisa pra falar daqui da Austrália e continuar nos divertindo, mas que eu saiba, as pessoas devem ter parado de ler pois não tenho recebido mais nenhum comentário (escrito ou falado), então parei de escrever, desestimulada.

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  4. Você escreve muito bem, tem dom mesmo, a coisa flui, percebe-se isso, então não deveria parar, mas sim recauchutar o seu blog com outras coisas, talvez usando agora o Brasil como tema. Eu achei o que buscava sobre Austrália em seu blog, portanto ele é um arquivo e tanto. Não pare, escrever um blog é bom pra todos, inclusive quem o escreve. Pense nisso. Abraços e felicidades!! E continue escrevendo. :-))

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    1. Oi, Dri, a idéia de falar sobre o Brasil dos brasileiros (e não de quem vive no exterior) é boa. Este é um trabalho que tenho feito diariamente, porém usando o Skype ou emails para pessoas
      exclusivas. Talvez seja hora de publicar isso, uma vez que o Brasil parece ter vindo pra ficar no cenário mundial e estas diferenças culturais que evidencio aqui podem ajudar muita gente em seus futuros negócios com estrangeiros, aqueles que nunca tiveram contato com este mundo antes.

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  5. Uma pessoa deixou um comentário ainda em 2012 e eu não vi, que me desculpe. Ela não quer que este comentário seja publicado, assim mesmo vou respondê-la por ter sido tão delicada e perspicaz. Seu comentário, diz:

    "Ah, não... agora que conheci o blog, vc vai parar, rs? bom, pelo menos tem material bastante pras minhas pesquisas. Escrevo material didático, e acho que no Brasil tem sempre aquele discurso do "primeiro mundo" como se fosse tudo uma maravilha... em particular com relação à Austrália, existe uma grande admiração, porque os australianos têm uma qualidade de vida mais alta, e tal... talvez por isso tenha gostado tanto de seus comentários críticos sobre os costumes do país. Mas, você saberia me dizer o que torna a Austrália um país tão rico?"

    Ola, é um prazer saber que meu blog é objeto de pesquisa de material didático.

    O que torna a Austrália um país tão rico? Fácil. Ela tem a mesma população da grande São Paulo, numa área 80% do tamanho do Brasil, com um imenso deserto no meio, ou seja, é muito mais difícil governar 200 milhões de pessoas no Brasil do que 30 milhões de pessoas na Austrália.

    Outra coisa, o dinheiro aqui manda! Fez pipi fora do tacho, paga. E não tem pra onde correr, a polícia ou o governo (imposto de renda) pega. E não adianta enganar o fisco, eles pegam mesmo depois de anos ou décadas. Ouvi uma crítica de que em Recife, o que faz os motoristas não trancarem mais os sinais de trânsito são as multas pesadas. Pois bem, este é o caminho do primeiro mundo, certíssimo por este lado, a única liguagem que as pessoas respeitam é a linguagem do bolso delas.

    O que tem de errado é que muitas vezes eles "inventam" que você deve isso e aquilo, daí dá um quiprocó danado pra você provar o contrário, por isso, paga-se contador particular também, he, he. Paga-se tudo, e bastante caro, acaba não sobrando muita coisa. Tossiu, pagou. Espirrou, pagou.

    Dinheiro, dinheiro, dinheiro. É como eu digo, na falta de amor, carinho, abraços e beijos, eles se agarram com dinheiro e propriedades. Algo assim como parte das classes altas brasileiras, pra quem a conhece bem. Não ponham a mão no bolso deles que eles te matam. Essa história de "doar" que é tão difundida por aqui, é porque se abate no imposto de renda, he, he.

    A outra coisa que faz da Austrália um país "rico" materialmente é que ela faz parte do Commonwealth britânico, ou seja, do império britânico, assim como Canadá e África do Sul, e alguns outros paisetos estratégicos no mundo, como Gibraltar e ilhas Maldivas (nome Argentino). A rainha da Inglaterra é a maior latifundiária do mundo, e a família real é a mais influente no universo, quer dizer, nem tanto, mas quase, he, he. Durma com uma zoada destas. Eles têm "pedigree". Deu pra te convencer?

    Tudo bem que a Austrália é quase o patinho feio dos mais ricos da família, não fosse a África do Sul, mas ainda assim faz parte da mesa de jantar. Mas vou parar por aqui, senão me extraditam antes que eu própria me extradite.

    Se uma pessoa acha que ter qualidade de vida é viver num complexo de apartamentos com piscina mas sem porteiro, ou numa casa tombada pelo patrimônio e cheia de asbestos, ou ainda ignorar a realidade e as eventuais discriminações não por ser pobre, mas por ser estrangeira invasora, então a Austrália é um paraíso, questão de gosto. Para mim, qualidade de vida é ter amigos de verdade, sinceros e honestos, e não superficiais e hipócritas. Desculpe, esta hipocrisia nem sempre é visível, é preciso muita perspicácia mesmo para identificá-la em meio a sorrisos, mesuras e palavras doces de desculpas e elogios, e principalmente, muitos anos de convivência, e não apenas 2 anos.

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  6. Oi, ói eu aqui de novo!

    Outro dia, ainda em meio a 2011, recebi um comentário o qual achei muito insolente e ao mediá-lo, acabei deletando. Mas tinha copiado o teor então, quem sabe, seja bom colocar o meu lado da coisa aqui, antes tarde do que nunca, sem querer comprar briga com essa pessoa, mas a fim de ilustrar que nem sempre quem comenta é tão gentil como o resto todinho até agora, para a minha sorte.

    Este havia sido um dos únicos comentários que recebi no início do meu blog quando eu estava apanhando pra aprender a manipulá-los e mediá-los, e foi meio desencorajador.

    Esta pessoa fala que a Austrália que descrevo é muito diferente da que ela conhece.

    Ora, é claro que é, pois eu não sou casada com um australiano, e nem vivo em bairro chique na beira da praia, mesmo que seja longe pra burro da cidade. Se fosse casada com um australiano, coisa que acho completamente impossível mas vamos dizer que isso fosse viável e antes de me separar, pois é isso o que as pessoas mais fazem aqui, eu teria que engolir sua cultura, seu jeito de impor-se a mim, e principalmente sua família metida e crítica, e se eu me arriscasse a discordar, levaria um chute na b... Eu conheço bem esposas brasileiras nesta situação.

    Esta pessoa falava que estava a 3 anos na Austrália, provavelmente tão casada com um australiano que fez questão de publicar seu sobrenome inteiro, no qual não restou nenhum dos sobrenomes brasileiros, dá pra sacar alguma coisa aí? Ela elogia o humor cheio de segundas intenções do australiano como sendo igual ao nosso brasileiro. Sinto muito, mas o humor do brasileiro é muito superior e menos ofensivo. Ela diz isso pra não se sentir intimidada, indignada ou menosprezada, então troca-se com eles, engole e sorri, mas meu marido sabe que espécie de humor é esse pois ele é quem conversa mais com australianos, e como esse humor é frio, calculista e racista, não no sentido de raça mesmo, mais no sentido intelectual.

    Esta pessoa fez questão de perguntar onde nós morávamos, claramente para mostrar a diferença social entre nós, coisa que brasileiro de classe média adora fazer para desprezar os pobres, ela morando num bairro rico, e nós, provavelmente num bairro pobre que ela não sabe, mas imagina. Eu nem conheço o bairro dela de tão longe que fica, mas não se pode medir as pessoas desse jeito em Sydney, porque pode ser o pior bairro do mundo, ou a pior casa caindo aos pedaços, que ela ainda vale milhões de Reais, ou seja, não existem pobres em Sydney, principalmente morando perto do centro como nós. A não ser que sejam sem-teto e vivam nas calçadas do centro mesmo, e olha que o número deles aumenta diariamente.

    Ela também faz questão de esnobar os brasileiros que infestam o bairro onde mora dizendo que eles têm "visões de mundo muito diferentes da dela". Não é necessário comentar sobre isso.

    Depois ela fecha seu comentário que, mesmo assim, sem ter amizades com os brasileiros, acabou indo a uma festa da comunidade que chamou de "programa de índio", título de um dos meus posts com relação às diversões dos australianos. Tal festa foi uma da comunidade brasileira ao festejar o São João, onde encontramos comidas gostosíssimas para matar nossas saudades, e onde a gente encontra sorrisos autênticos também. A atitude dela é típica de muitos brasileiros que conseguem "escapar" para países de "primeiro mundo" e esnobam os que não conseguem, jactando-se de ter "subido na vida" e achando que este comportamento é saudável e aceitável de pessoas que realmente evoluiram.

    Pois é exatamente assim que se comportam os australianos invejosos, ela aprendeu direitinho, "está adaptada".

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