segunda-feira, 20 de abril de 2015

Violência Contra a Mulher

A violência contra a mulher na Austrália está assumindo porporções epidêmicas. Esta é finalmente a conclusão de todas as instituições e das pessoas em geral, já que não está mais dando pra esconder com panos quentes, a fim de pressionar o governo a tomar uma posição de emergência.

1 em cada 5 mulheres sofreram violência sexual desde os 15 anos.
1 em cada 3 mulheres sofreram violência física desde os 15 anos.
1 em cada 4 crianças presenciaram violência na família.
O debate finalmente está aberto publicamente, e agora sai artigos o tempo inteiro sobre o assunto, reportagens e documentários na TV. Como eu gosto de notícias e assisto a tantos noticiários de TV quantos eu consigo, pois gosto de cruzar as informações de uns com os outros desde que morava no Brasil, estou por dentro de tudo o que tem acontecido em várias cidades da Austrália com relação à violência contra a mulher.

Você simplesmente não pode conceber como é que numa sociedade destas, com reputação de primeiro mundo, pode acontecer estas coisas com tanta frequência, coisas que só aconteciam no Brasil lá nas piores favelas antigamente.

No meu post Violência Doméstica, tratei mais desse assunto, agora trata-se de violência contra a mulher, especificamente, o que não se restringe a ser domesticamente pois tem acontecido mais assassinatos nas ruas e nos parques públicos. A violência está deixando de ser doméstica para dominar as ruas.

Particularmente achei um artigo do Daily Telegraph bem ilustrativo com o seguinte título, do qual traduzi algumas partes, atualizei, já que em alguns dias o número de vítimas aumentou, e inseri meus comentários.

Violência Contra a Mulher Tem se Tornado Emergência Nacional

A violência contra as mulheres está ocorrendo em proporções tão epidêmicas no país que fingir qualquer outra coisa diferente é uma vergonha nacional.

Algumas das australianas vítimas de violência contra a mulher
Só este ano, até agora, 31 mulheres, numa média de duas por semana, já foram mortas por alguém que as conheciam, com quem talvez houvessem saído ou por um estranho qualquer que simplesmente esperou por um momento oportuno a fim de dar o bote. 

Três dessas mulheres foram mortas por outras mulheres. As outras 28, por homens.

Então, como não quero pintar todos os homens com o mesmo pincel, seria hipócrita deste país fingir que o assunto não trata principalmente da violência perpetrada por homens contra as mulheres.

E agora, a poucos dias depois que outra mulher foi assassinada em um ataque aparentemente aleatório, este não é o momento para apaziguar as sensibilidades masculinas frágeis ou seus protestos indignados de que "nem todos os homens matam suas esposas".

Grades da Leeton High School com os tributos dos alunos da
boa professora
Agora é o momento, no entanto, de perguntar com quantas mulheres mais do que essa quantidade haverá de acontecer tragédias antes que o Governo Federal declare emergência nacional.

No último domingo a professora da Escola de Ensino Médio Leeton, Stephanie Scott, foi a trigésima primeira mulher australiana a ser assassinada este ano. Ela deveria se casar pouco depois, em 11 de abril de 2015, e tinha estado em sua classe tratando da finalização de seu material de trabalho, em preparação para sua lua de mel no Taiti. Ela foi morta pelo faxineiro da própria escola em que ensinava, em condições ainda não esclarecidas pela Polícia.

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