terça-feira, 26 de julho de 2011

Diversão dos Jovens Australianos

Em matéria de diversão, os australianos são também muito estranhos.

Primeiro, os homens tendem a ser enrolados com as mulheres. Elas mandam neles e fazem deles gato e sapato. Mas não quando eles vivem em grupos, como os jogadores de rugby. Em grupo, eles atacam as mulheres e faz parte de ser jogador ter processos na corte de justiça por assalto sexual.

Segundo, eles não sabem como se divertir, então cedo começam a encher a cara, que aqui é cerveja bem leve de garrafinhas pequenas, deve levar um tempão pra ficarem bêbados. Não adianta proibir a compra por menores de 18 anos, porque não falta quem compre pra eles. Os jovens já começam a beber cedo, por volta dos 12 anos, e muitos com o consentimento do pai, pois o que não falta na casa de australiano é bebida, qualquer que seja ela. Então o que mais adoram é quebrar garrafas no caminho ou deixar elas em todo canto. Afinal, são bio-degradáveis, então eles estão ecologicamente corretos!

O pessoal daqui não curte whisky escocês como os brasileiros, nem bebidas sofisticadas, mas curtem vinho e cerveja demais da conta. Tem até “assinatura” de vinhos. Você faz a assinatura e recebe caixas em casa periodicamente com vários tipos de vinhos para sua adega. É comum você tomar um susto com o barulho de garrafas sendo jogadas nos latões de lixo, “crássshhh”! Então, para os filhos, é um prato cheio. Esta semana saiu na TV: polícia pegou garoto de 13 anos dirigindo bêbado com o pai do lado.

Garota arreganhada mostrando a calcinha no meio da sarjeta na frente de “pubs” (opa, não falei mostrando os “pubs” na frente da calcinha, “pub” quer dizer “bar”) e night-clubs é normal, caindo de bêbadas, vomitando nelas mesmas, ou quebrando os narizes umas das outras. Serem pegas dirigindo feito loucas também é comum. No início ficávamos ultrajados como uma mulher podia se baixar tanto a imitar o que há de pior nos homens, mas hoje nos acostumamos, elas são vacas assim mesmo.

A gente não vê, mas no dia seguinte, carro que neguinho deixou abandonado em lugares ermos amanhece todo estraçalhado, destruído como no filme Mad Max, que por sinal, é australiano, foi filmado aqui no deserto da Austrália, e com certeza é inspiração apocalíptica para estes jovens desmiolados estilo skin-head. Provavelmente eles se divertem de noite dando cacetadas nos carros, quebrando-lhes os vidros, arrebentando ele todo, e dali ele só sai pro lixo. Chegam até a tocar fogo em alguns. O interessante é que 11 anos vivendo aqui e nunca vimos nenhum ao vivo fazendo esta arruaça. Eles são especialistas!

Mas isso é outro truque hipócrita da população australiana também! Tem gente que usa o carro até ele não dar mais, então larga ele lá, para ser destruído. Caso contrário, é sua obrigação se desfazer do carro, a qual teria que pagar para isso. Desse modo, eles economizam e contribuem para distrair os jovens entediados da Austrália.

No fim do ano, todo ano tem formatura do secundário, então grande parte dos jovens maus-alunos viajam para o paraíso da Austrália, uma praia chamada Costa Dourada (“Gold Coast”), que fica no estado de Queensland, nordeste do continente, ensolarado, perto de Brisbane. Esta praia lembra Fortaleza, Salvador, Recife, Camboriu, Santos, Vitória, e uma pá de cidades praieiras brasileiras, porque é cheia de prédios. É a única praia assim na Austrália!

Gold Coast, a costa dourada
É mais bonita ainda porque tem centenas de marinas interiormente, com casas nas bordas, cada uma com seu bote, quer dizer, seu iate, barco, lancha ou o que seja de navegar nos rios e no mar, muito bonita de se ver lá de cima dos prédios, parece Miami.

Mas a praia é ventosa (“windy”), quer dizer, venta muito. Às vezes me pego adaptando o Inglês pro Português, veja só, tá entendendo o que eu estou falando sobre? – É assim que meus filhos falam, tipo “eu sei essa pessoa”, querendo dizer “eu conheço esta pessoa”. Pois bem, Gold Coast é muito larga e fria, não parece tão amigável quanto as praias brasileiras. Ela apenas é bonita e tal… 

Voltando aos estudantes, os “maus-alunos” vão pra lá arrasar com tudo. É praticamente uma invasão anual dos “scules” (“schoollies”), como chamam estudantes pejorativamente. Lá eles são presos, caem nas ruas, brigam, dão porrada, batem com carro, morrem de drogas, assaltam sexualmente, fazem tudo digno dos mini-criminosos que são mesmo. É a despedida da escola “maldita”, da carga que tiveram na vida (!), agora vão fazer nada, arrumar emprego na McDonald, servindo batatas fritas. Escola nunca mais! 

Estão com 16 anos, já são considerados emancipados, podem beber, tirar carteira de motorista, sair de casa e morar com uma “partner” (parceira, amante, galinha, seja o que for que não é nem noiva, nem namorada, nem esposa, é “partner”, ou seja, qualquer coisa). “Partner” pode ser até homem para outro homem, ou mulher para uma outra, pois não tem gênero, você não sabe o que é “partner” quando alguém diz que mora com “partner”. Bem típico e hipócrita.

Invasão de ex-estudantes
Outra diversão dos australianos jovens é se matarem. Se matam por qualquer coisa, principalmente rapazes quando são largados pelas namoradas, desamparados. E então, aqui na Austrália tem um tal de matar e depois suicidar-se que não está no gibi. É como quem diz, esta cachorra me traiu, então nem ela fica com o urso, nem fica com as crianças nem a casa, morre todo mundo, a começar pelas crianças, uma a uma, depois ela, e depois eu. Não fica ninguém. É muito comum isso acontecer aqui, valha-me Deus. Eles se acham donos das crianças, coitadas. Eles inventam várias formas de perpetrarem estes tipos de crimes.

Então os jovens tendem a repetir este comportamento, as mulheres adoram largar o macho assim, sem mais nem menos, dá na telha e elas já estão largando no mesmo dia e tal. Tenha paciência, é pedir pra morrer. Conhecemos vários casos de separações, de todas as idades, eles se separam assim, como quem troca de roupa. Então é comum as pessoas terem filhos de pais diferentes, mães diferentes, terem meio-irmãos, irmãos com diferenças enormes de idade, de cores diferentes, irmãos deficientes filhos de pais em final de carreira ou de pais drogados, o diabo. Ter família assim é muito difícil. Por isso eles querem ir embora logo aos 16 anos, e os pais são os primeiros a empurrá-los pra fora, “sai daqui, me deixa”!

A Austrália não é bonita nem paraíso quando a gente sabe de tudo isso!

A sociedade australiana é muito organizada, mas não falta quem faça os piores absurdos. É comum encontrar pessoas mortas a dias, meses e até anos, porque moram sozinhas, não conversam com vizinhos, não se sabe nada de ninguém, e nem se nota que a pessoa desapareceu. E este tipo de morte pode ser de causa natural ou assassinato! Outra particularidade deste povo que não me consta existir no Brasil assim, em tanta quantidade, é o estrupo de velhinhas. Talvez para as velhinhas do mundo, a Austrália seja o paraíso afinal…

É comum ver homem australiano casado com asiática, mas não ao contrário. Parece que a mulher australiana é quem é a preconceituosa. Mas a verdade deve ser porque homens de outra raça costumam não saberem cozinhar, e as mulheres daqui não suportam isso. Homem tem que fazer as tarefas de casa porque há muito elas já se libertaram disso. Então, só quem faz tarefa de casa é homem australiano ou de outro país do norte da Europa. 

Mas as asiáticas costumam cozinhar e fazerem tudo que as mulheres fazem a séculos, então os homens australianos que querem uma empregadinha vão atrás delas e casam. Alguns querem apenas uma mulher mais meiga, mais feminina, porque a australiana é literalmente “bitch”, como elas próprias gostam de se auto-proclamarem (cadelas), e chegam até a escrever nos vidros dos carros “crazy bitch” (cadela louca), como quem diz, não me chame de cachorra que eu já sou e não estou nem aí.

Os australianos também gostam de latinas. É classica a história do encanador ir no Brasil e trazer uma mulher de rua, casar com ela de arremedo, e escravizá-la em casa como sua empregadinha e objeto sexual. Isso acontece com alemães, principalmente, mas qualquer outro país da Europa serve. A prostituta  adora arrumar um louro alto de olhos azuis e com uma aparência de ter educação superior aos seus “clientes” das pontas de ruas, então nem piscam e viajam logo. O cara na realidade ganha bem como encanador, mas é quase um analfabeto, grosso, cachorro, e pode acabar batendo nela por hábito. 

Ela passa anos pra tomar consciência de seus direitos, e frequentemente nunca aprende a língua o bastante, nem consegue estudar, nem arrumar emprego qualificado, vivendo à margem da sociedade. Tem muitos casos desses, mas muitos mesmos, a gente vê nas ruas todos os dias. As crianças crescem com milhares de problemas nas escolas, sofrendo “bullying” (sendo “bulidas”), a mãe não pode defendê-las, o pai não quer nem saber, eles não aprendem a língua maternal e acabam nem sequer entendendo mais a mãe, são expulsos das escolas, são arredios, complexados, tendem a se tornar criminosos fora da lei ou drogados. A mãe não se adapta à cultura local e também não pode conviver com gente da sua raça porque o marido não deixa, não quer, não entende, e não tem a menor paciência ou interesse de conhecer outra cultura que não a dele própria. 

Voltando às diversões dos jovens, já que não frequento escolas ou universidades, posso falar do que vejo nas ruas. O principal e mais visível é a destruição de placas de trânsito. Parece que uma turma adora roubar carros pra passar por cima de placas que ficam no meio da rua, das pequenas, que não causam dano ao motorista. Ou então é pra isso que outra turma tem imensos 4x4 com rodas de trator e armações de ferro na frente. Outra atividade que sabemos existir é roubo de carros ou do que tem dentro dos carros. Os jovens adoram roubar carros, principalmente os carros velhos que não tem tanta segurança, e destruí-los totalmente. 

Os australianos são vingativos na direção e às vezes se tornam verdadeiros suicidas. Não é à toa que tem muito acidente de carro aqui em que o carro se destrói totalmente, algo que não consigo explicar, do tipo bater de frente em caminhão. Pode ser até outra técnica de suicídio, como um amigo do meu filho que decidiu se suicidar e resolveu pegar sua bicilcleta e se chocar de frente com um caminhão à noite. Trafegar é tão seguro em toda parte que acidentes desse tipo são incompreensíveis. 

Ouvi falar de festas em que um “twita” ou “texta” pra todos e aparecem 500 pessoas na casa da vítima, fazendo balbúrdia na vizinhança. Aconteceu com meu vizinho uma vez, e a turma de invasores desocupados ficou provocando meu marido, urinando nas plantas do nosso jardim. Eles fazem muito barulho, bebem demais, as “bitch” gritam como umas loucas esganiçadas e ninguém dorme, e a gente tem que acabar chamando a polícia. Não foram poucas as vezes que tivemos que chamar a polícia nos 8 anos que moramos em Canberra, naquele lugar tão calmo que mais parece um cemitério. Exageradamente calmo…

Outra coisa que adoram é torrar os pneus de carros (provavelmente roubados), deixando marcas nas ruas. Chama-se “burn” (queimar). Ah, e pichar também, claro. Adoram pichar cercas novas de “colorbond” (uma espécie de metal) que as pessoas colocam nos quintais e oitões no lugar da madeira. Mas não fica só na pichação, com o tempo vão destruindo também, fazendo buracos. Não costumam destruir outras coisas públicas do tipo estátuas, talvez por causa da segurança e da polícia. Ah, também adoram entrar com o carro nas lojas envidraçadas pra roubar, principalmente remédios nas farmácias que são consumidos como drogas.

Carrinho de super-mercado: o jovem australiano adora eles. Deve ser uma espécie de tara. Especialmente em Canberra, os carrinhos amanhecem jogados nas valas, com ou sem lixo dentro, jogados nos lagos, largados em qualquer lugar, de rodas pro ar. Frequentemente garis tiram vários carrinhos de super-mercados de dentro dos lagos urbanos. Já inventaram até carrinho com chave, que você compra e pode destrancá-lo e trancá-lo de volta.

Carrinho de super-mercado no lago
Isso é o que eu consigo me lembrar nesse instante, principalmente com relação aos jovens de Canberra. Em Sydney, além deste comportamento, que já faz parte da cultura, estou começando a descobrir novas coisas como o costume de atirar pedras nos trens e também nos ônibus, além dos assaltos armados de faca aos pedestres para roubar um celular, um MP3, uma carteira, etc. De vez em quanto atiram uma pedra num carro passando embaixo de um viaduto. Tanto é que a maioria dos viadutos, tanto nas estradas de Sydney quanto em Canberra, já colocaram telas de arame, algumas até cobrindo os viadutos como garajais. Outro dia jogaram um carrinho de super-mercado em cima de um carro! Dá pra imaginar isso? Muitas vezes causa danos nas vítimas para sempre e às vezes pegam, às vezes não, os perpretores.

6 comentários:

  1. Gente, sempre achei que a Austrália fosse um lugar tipo primeiro mundo, mas estou chocada. E para aqueles que acham que o povo brasileiro e o Brasil são a pior coisa do mundo, sugiro lerem este post, que por sinal está muito bem articulado, parabéns! Adorei esse relato de como é o povo australiano, pois já havia ouvido falar de que há bastante xenofobia por lá. Claro, nem tudo é só preto no branco, há pessoas e pessoas, mas é bom ter uma visão geral de como o povo de um país se comporta. Bravíssimo! Agora, só pra não estigmatizar o povo australiano, sugiro um post sobre o lado bom do povo australiano. Abraços!!!

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    1. Oi, Dri, obrigada pelos comentários tão elogiosos. Estou feliz que ainda hoje tem gente lendo meu blog, apesar de eu ter parado porque achava que ninguém estava lendo. Pois é, a Austrália É primeiro mundo! Mas isto É primeiro mundo! Engano das pessoas pensarem que é o paraíso e, principalmente, rebaixarem o Brasil ao pior país do mundo, quando não é, principalmente hoje em dia. Podemos ter muitas dificuldades lá, mas também temos muitas vantagens que é isso o que as pessoas precisam colocar na cabeça pra nunca mais esquecerem.
      Sobre o lado bom do australiano? Ah, isso é difícil, minha cara, mas vou tentar.

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  2. Cara, eu sou completamente apaixonada pela Austrália. Tenho muita vontade de conhecer o estado de Melbourne e a capital Vitória. Fiquei sabendo que por lá tem muitos asiáticos e filipinos, particularmente eu os acho lindo demais e gostaria de ir pra lá só pra poder casar com algum deles, haha. A cultura de lá é muito bacan, mas também existe muita bizarrice. Bjos ;*

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    1. Oi Jussara, uma pequena correção, Melbourne é a capital do estado de Victoria e não ao contrário, e os imigrantes que mais predominam lá são os indianos, tendo muito poucos filipinos. Já asiáticos estão na Austrália inteira, principalmente em Sydney.

      Boa sorte na sua procura de asiáticos para casar, mas saiba que casar com estrangeiros é talvez uma das coisas mais difíceis na vida de alguém pois, se já é difícil conviver com gente da nossa própria cultura, imagina de culturas totalmente diferentes.

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  3. Por alguma razão misteriosa, alguém postou uma mensagem aqui que não consigo publicar. Pois bem, nesse caso então resolvi copiar o conteúdo aqui.

    Katia dos Santos deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Diversão dos Jovens Australianos":

    Parabens pela excelente analise, moro na Australia a 9 meses e ja percebi que nao e o paraiso que vendem as agencias de intercambio e principalmente o governo.
    Vejo na verdade uma sociedade problematica no sentido humano, e a palavra hipocrita e perfeita para definir.
    Mas perceber todos estes problemas é para poucos, somente os que tem a sensibilidade maior, pois a maioria dos brasileiros tem complexo de vira lata e acha tudo aqui maravilhoso sem analisar profundamente nada. Lamentavel, e ainda gosta de falar mal do Brasil.
    Espero realmente que o mundo seja cheio de pessoas com senso critico como o seu, infelizmente a realidade e o oposto.

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    1. Muito obrigada pela sua mensagem, Kátia. Desculpe estar sendo copiada assim, mas é que o Google se recusa a publicá-la após moderação, como sempre faço aqui e tive que reproduzí-la eu mesma. Admirável é você, que em apenas 9 meses ja foi capaz de reconhecer e comprovar o que escrevi aqui. Parabéns, pela sua sensibilidade. Várias pessoas estão caindo na real também, segundo meus mais recentes papos com brasileiros novos, assim como a garota que faz a limpeza do prédio para onde mudei recentemente e até mesmo outras duas que estão fazendo a limpeza do prédio anterior, todas estudantes, necessitando trabalhar para ajudar em suas próprias despesas, mas já conscientes do que significa viver aqui.

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