quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Praias

Para quem pensa que sou cega, a Austrália tem praias bonitas. Aliás, não são só as praias, tem muita coisa bonita, porque o povo australiano é materialista e adora coisas bonitas, então obviamente tudo nas mãos dele se torna bonito, inclusive eles próprios. Este é o grande problema, ele é materialista demais!
Praia de Bondi, em Sydney
Infelizmente beleza não põe mesa, e todo mundo sabe disso. É agradável passar um tempo rodeado de coisas bonitas, fica-se entretido por um tempo, mas então vem o tédio e a percepção das coisas. É quando seu interior quer mais, e você vira pra um lado, vira para o outro, e não encontra.


Praia de Coogee, em Sydney
Quando viemos para Canberra, nos disseram que a praia ficava a 1 hora de carro. Bem, não sabíamos que era 1 hora de carro a 200Km/h, como se isso fosse possível. O fato é que a praia mais próxima fica a bem mais tempo do que isso. E como se não bastasse, o caminho é bastante estressante.

As Pseudo-Praias de Canberra

Canberra não tem praia. O que é chamado de praia, é um “creeckezinho” lá no fundo de um barranco íngreme, que se alcança de carro, descendo muito. Uma é chamada de “Pine Island” (Ilha do Pinheiro) e a outra “Kambah Pool” (Piscina de Kambah). Tem áreas de pique-nique com churrasqueiras, mas também esconde sujeitos estranhos que se escondem nas brenhas pelados… Um ótimo lugar para pegar suas presas!
Lago Burley Griffin em Canberra, que não é balneáreo
Canberra também tem algumas piscinas públicas, onde paga-se pouco para curtir piscinas enormes, cobertas e climatizadas, cheias de bandaids, em prédios de arquitetura arrojada. Ao contrário do Brasil, que costuma controlar a saúde e a pele dos banhistas de piscinas de clubes, aqui na Austrália não tem isso, não existe nenhum tipo de exame de pele para utilizar a piscina, então prepare-se para ficar enojado. Eles se acham “higiênicos”, e também devem achar normal o imenso número de garotas com fungos e infecções nas partes, que acabam crônicas.

O Caminho para a Praia

Praia de verdade, só na costa. Para se chegar na praia mais perto de Canberra, que é Batemans Bay (Baía de Batesman), é preciso enfrentar uma estrada estreita que no final se torna íngreme e bastante perigosa, pior do que a estrada Rio-Petrópolis.

Por conta disso, e dos limites de velocidade, e por ser uma estrada simples, com uma faixa de cada lado, tornando muito difícil a ultrapassagem, leva-se muito tempo para ir à praia e voltar num só dia, além de tornar-se cansativo e estressante.

Dentre as coisas “interessantes” desta estrada, a maioria dos trechos não tem acostamento. Não me perguntem o que se faz com o carro quando ele quebra num local destes. Isso inclui barrancos e precipícios imensos, em grandes descidas, os quais não tem acostamento, e os “guardrails” (gradis) nos parecem muito frágeis para conter veículos em velocidade. Em alguns trechos a velocidade máxima permitida é 40km/h. Para conter caminhões pesados desembestados ladeira abaixo, existem rampas cavadas na terra, subindo, assim eles podem desviar para as rampas e param por lá mesmo, lá em cima, por inércia, solução bastante exótica.


Estrada do Rei (Kings Highway), caminho de Canberra para a costa
É que apesar de ser um continente plano, com grande parte do deserto central abaixo do nível do mar como um imenso prato, esta região ao longo da costa sudeste é alta. Para ir-se à praia é preciso descer-se bastante, e consequentemente subir-se de volta, o que nos faz seguir caminhões vagarosos em velocidade muito baixa, piorando nosso stress, porque nem todas as subidas tem faixas para veículos lentos. É uma verdadeira fila indiana.

Pois bem, passada a aventura, chegamos à praia. Ou melhor, não ainda. Para chegar-se à praia é preciso dirigir-se por mais alguns quilômetros, norte ou sul, porque descemos num rio, longe da praia. Para o sul, passamos numa inusitada ponte de ferro e madeira, móvel para dar passagem a barcos.


Uma das praias em Batemans Bay, com sombra!

Praias de Batemans Bay

Apesar da quantidade de morcegos nos matarem de medo no lusco-fusco de Gold Coast, esta praia não é de Batman, o homem morcego, aquele do Robin, o nome é mesmo baía de “Batemans”.

Bucólica cidade de Batemans Bay
E lá estamos em Batemans Bay, uma cidadezinha simpática e agradável, mas ainda um tanto longe da praia. As praias de Batemans Bay começam com uma espécie de cais à beira de um braço de mar que liga-se ao rio. A notar-se, está o tamanho dos pelicanos empoleirados nos postes, dando a impressão de que são muito pesados para a façanha e vão derrubar o poste com fios e tudo.
Pelicanos empoleirados e ponte da cidade baía de Batemans
Iates e barcos pesqueiros pra cima e pra baixo é lugar comum na Austrália, então nem é preciso mencionar, pois afinal na Austrália não tem pobres, tecnicamente, e praticamente todo mundo quer ter, no mínimo, seu bote ou caiaque.

Restaurantes típicos de cidades da costa

Junto com restaurantes típicos, simples, de comida marinha, e com piers e cais por onde se pode caminhar bucolicamente, além de parques na beira da água com vistas para a cidadezinha e a ponte, o passeio se paga. Indo mais adiante para o sul pode-se finalmente encontrar praias, começando por umas bastante pedregosas, a maioria com enseadas cercadas por precipícios onde algumas pessoas constroem suas casas “maravilhosas” e seguras de alguma onda maligna.


Praias pedregosas e casas empoleiradas
Passear com o cachorro nestas praias é meio complicado, algumas permitem, a maioria não. Portanto, quem tem cachorro tem suas opções restringidas.

"Entrada" da praia
Em seguida a cidade vai acabando, e as casas ficando mais bonitas, incluindo as que sobem as serras. São casas de praia, mesmo que fiquem longe da praia, e estão geralmente vazias, porém no verão a cidade fica lotada de gente, e começa a dar nos nervos. Naturalmente que se pode alugar estas casas por períodos diversos, e muita gente faz isso. São casas de vários tipos, e outros tipos de acomodação como hotéis, e “caravan parks” (parques de caravanas, ou casas reboque, que também tem casinhas ou bangalôs pra alugar).


Proteção
É tudo muito bonito, mas se você vai conhecer um destes “caravan parks” que tem em toda parte na Austrália inteira, ele só serve para quem tem “certo” estilo de vida, digamos assim, despojado, porque o pessoal é bem barulhento, bagunçado, não tem muita distância entre uma casa reboque e outra, e você economiza com hotel mas paga para estacionar, usar água e abastecer de energia. Por outro lado, as praias perto destes parques ficam coalhadas de gente, com muita criança barulhenta e sem limites. Tudo bem que as praias, apesar de não serem tão espaçosas, são sempre maiores do que a quantidade de pessoas, então você ainda tem a chance de deslocar-se, para livrar-se da zoeira.

O mesmo acontece no período de férias quando todas as casas estão alugadas e o povo se acotovelando pra achar acomodação, ou espalhando seus pique-niques nos parques à beira mar (parques em beira de praia não são muito comuns no Brasil), junto com suas tendas.

Alguns locais bastante aconchegantes e particularmente belos, envolvendo enseadinhas de água limpíssima (e fria) junto com braços de riachos infelizmente são tão procurados que você pode passar horas pra conseguir um estacionamento, pois não se estaciona ao Deus dará, tem sempre os lugares todos marcados, e alguns com 2 horas de tolerância, ou seja, sua praia não pode durar mais do que isso, nada de ficar o dia inteiro curtindo o bem bom, que isso fica pra brasileiro no Brasil.

Também dificilmente você achará uma sombra bastante boa pra ficar, porque as árvores da Austrália dão pouca sombra, com folhinhas diminutas, para extrairem o máximo do sol e da chuva. Sombra não é bem o que o povo procura, realmente, procura-se mais o sol mesmo, se bem que australiano não é resistente a raios solares, então vendedor de protetor solar aqui ganha dinheiro, além do que este é o país com maior índice de câncer de pele no mundo, não só por causa da raça branca predominante no povo australiano, como por causa da camada de ozônio ser a mais fina de todas no planeta, pior do que na Patagônia, Argentina.

Você pode ir mais adiante, procurando vaga, e pode ser que ache numa praia que não é bem o que você esperava. Pelo menos não vai ser assim tão feia. É preciso ir mais e mais para o sul, 100, 200km, quando o vento faz a volta. Praia é o que não falta na Austrália, a maior “ilha” do mundo, mas algumas podem ser “pouco atrativas”. Então, de tanto viajar no meio do nada a procura da praia perfeita, é melhor voltar.

Praias de Peeble, Maree and Uladula

Em sua próxima viagem, você pode ir para o norte, ao invés de para o sul. Numa das nossas viagens, pudemos ver e passar a mão em cangurus à beira mar na praia de “Peeble beach” (fala-se Píbôu bish, praia dos seixos), meio pedregosa, mas a praia que nos pareceu a mais bonita foi “Uladula” (que se pronuncia “aladala”). 


Praia dos Seixos ("Peeble Beach")
A cidadezinha é bucólica, muito linda, com casas espaçadas e de aparência aprazível em ruas à beira mar, porém no alto e distantes do mar, o qual pode ser vislumbrado em todo o seu explendor azul marinho, sob um céu límpido e maravilhoso, com suas largas faixas de areia beje, quase branca. Isso porque aquela enseada é imensa, quase sem fim. Ao subirmos num precipício, podemos ver norte e sul até onde a vista não alcança mais, deste mesmo tipo de praia.



Praia de Maree
Na subida do barranco tem, pasmem, barzinhos de praia no estilo brasileiro, mas na realidade não são, porque tudo é organizado demais, e perde a graça.

Outra praia bonita é a de “Maree beach” (fala-se Marí bish), também enorme, e cercada de pedras, também com casas no alto dos penhascos olhando para a imensa baía abaixo. Esta tem “caravan park”, mas é grande o bastante para não se intimidar com a invasão de turistas, se houver. O interessante é o caminho para a praia ser todo gramado. Árvores, pra variar, não tem, só alguns arbustos com alguma sombra. Maree e Uladula são nomes aborígines.

E, como sempre, o australiano se abriga erigindo paredes baixas de tecido colorido, espécies de barraquinhas laterais, para se protegerem do vento e talvez trocarem de roupa.

Praias de Sydney

Ao redor de Sydney, na faixa de 100 km de distância, existem praias realmente atraentes, como uma cujas ondas entram pelas cavernas e explodem do outro lado, para cima, como gêisers. Para o norte, são muitas praias com muitas cidadezinhas litorâneas até Brisbane, onde a coisa começa a rarear em termos de ocupação. Em matéria de praias, a Austrália tem milhares. O problema é que são muito parecidas umas com as outras, e também muito distantes, sendo as melhores muito lotadas, e as desertas, desertas demais. Nada é perfeito.


Pedras em Vaucluse, Sydney

As praias de Sydney são complicadas. A cidade tem muitos precipícios e pouca praia para o número de habitantes. E como elas não são como as brasileiras, quase curtíveis o ano inteiro, o povo não se entusiasma muito com elas. Não é preciso falar que as praias australianas são os lugares preferidos para os brasileiros morarem. Eu também pensava assim até conhecê-las de perto, daí caiu o tesão. Além disso, não quero nem devo mais pegar sol, já peguei o bastante para o resto da vida, e daqui pra frente é perigoso, portanto, praia, adeus.

As praias vão ficando maiores quando vai-se saindo de Sydney, para o sul ou para o norte. Podemos dizer que a melhor praia de Sydney é “Manly”, porque é maior do que a famosa “Bondi” (fala-se “bondái”), e também é festiva.


Manly Beach tem um prédio...
Todas as praias de Sydney guardam uma atmosfera do passado, porque não tem arranha-céus estilo brasileiros ou de “Gold Coast”, no estado de Queensland, mais ao norte. No Brasil, arranha-céus desbancam as casinhas ou mansões históricas do passado, mas a Austrália e muitos países do mundo preservam a atmosfera bucólica e nostálgica dos velhos tempos em que as praias eram seguras e tranquilas.


Sydney tem muitas pequeninas praias no meio de barrancos, como uma chamada Balmoral. Algumas destas praias tem mansões sobre elas, nos barrancos. O mais interessante da costa de Sydney são os caminhos construídos para caminhadas, muito pitorescos. Muitas prainhas são internas às baías do estuário de Sydney, sem ondas, como Manly, que tem praia para o oceano e praia para o interior, com uma das mais belas vistas do centro de Sydney bem ao longe. Nesta pequena prainha oposta a Manly tem um caminho que nos leva para cima de umas rochas, onde as pessoas fazem pique-niques. O problema é sempre onde colocar o carro, e ficar atocalhando o prazo do estacionamento.

A praia mais famosa é a de Bondi. É uma pequena praia, porém muito charmosa (e cheia de brasileiros, assim como Manly). Não tem edifícios, só uns poucos hotéis por trás da avenida principal. Caminhar em toda Bondi é muito gostoso.


Bondi Beach

Sydney é cheia de loquinhas pra se descobrir. Mas já vi que tem praias particulares e ruas privadas em bairros chiques onde predominam Rolls Royces, Ferraris, Porsches e Jaguares, se bem que eles não se parecem nada chiques ou diferentes do resto da cidade. Na realidade não se pode saber o que é chique ou não, porque muitas vezes, uma casita de 4 metros de largura e aparência igual às outras, por dentro é uma casa imensa com piscina no fundo e solar no topo. A gente pensa que não tem garagem, mas ela fica na rua de trás, bem estreitinha.

Bondi vista do oceano Pacífico
As praias de Sydney guardam este ar gostoso e tranquilo do passado. Nada parecido com as atabalhoadas e lotadas praias brasileiras que tanto nos enchem a vista de excitação e o coração de êxtase. Talvez elas não sejam lotadas porque você só pode estacionar por duas horas, no máximo!
 
Sydney possui ainda um atrativo a mais que depende do gosto da pessoa. Ela tem diversas piscinas construídas entre as encarpas e o mar, de água salgada, protegendo as pessoas que querem curtir o mar mas não podem se expor aos perigos do mar aberto. Estas piscininhas são bem frequentadas por gente de todas as idades, e também tem em várias outras cidades litorâneas.

Piscininha de água salgada

Uma vez vi no jornal uma reclamação das mulheres muslins (muçulmanas) que se banhavam numa destas piscinas exclusivas para mulheres (aqui ainda tem destas coisas) porque um gay resolveu tomar banho lá vestido a caráter, com um mini shortinho. Foi um Deus nos acuda, sairam todas, se enrolaram nas toalhas e botaram a boca no mundo. Ora, quem é que tem mais direito, as mulheres de certa religião de outro país para quem gay é homem, ou um gay sem religião que se considera mulher? Nestas horas fica difícil de se entender… 

Praias de Queensland

Para quem gosta de mergulhar, as praias do norte de Queensland são outro paraíso. Até ofereceram um dinheirão para um estrangeiro, que ganhou o concurso internacional, passar 6 meses lá na barreira de corais, “trabalhando” para manter o equilíbrio ecológico lá, que é bem precário, e qualquer coisa pode ameaçá-lo. Este emprego tem sido citado como o melhor emprego do mundo, mas é claro, não é bem assim. Tem muitos perigos…

Os recifes de corais desta famosa barreira são imensos, e ficam no meio do Pacífico, mas pertencem à Austrália. Um “Crocodile Dundee” real, Steve Irwin, morreu lá quando foi atacado por uma arraia gigante que lhe furou o peito com sua espora. É, ele vacilou, e acabou com uma carreira milionária que despontava, arruinada. Hoje sua filhinha, Bindi, que é uma “gracinha” (grrrr!) tenta manter a chama, junto com a mãe empresária norte-americana, mas a menina não é a mesma coisa que aquele ícone de homem louro carregado no “sotáike” australiano e sempre vestindo bermuda de cor “cáiki”. Ai ki calor...


Steve Irwin, um Crocodile Dundee real

Tem até praias com jacarés, pode? As praias de Cairns, no extremo norte, são inúteis por causa disso, ninguém quer ser comido vivo (assim, literalmente falando), se bem que de vez em quando alguém é apanhado, por isso eles construíram uma praia artificial interna, tranquila, como uma grande piscina, do mesmo estilo de uma que construíram em Brisbane também, em Southbank (“barranco do sul”), só que neste caso é porque não tem praias em Brisbane assim como em Canberra. Canberra bem que merecia uma praia artificial igual àquelas.

Jacarés na praia? Jacarés no mar? Pois é, só na Austrália tem jacarés no mar. São jacarés de água salgada! E são enormes crocodilos, um terror.

Praias de Melbourne

Praias com atmosfera de 1920. É assim em “Brighton beach”, em Melbourne, um pedaço de paraíso, um tanto frio e cheio de conchas, se bem que um paraíso muito caro (pra variar). “Brighton beach” lembra a Boa Viagem dos anos 50, quando existia a famosa casa navio e o castelinho (ainda existe, mas hoje é mero lobby de dois blocos iguais de arranha-céus). “Brighton beach” é famosa por ter casinhas de trocar de roupa, todas de cores diferentes, umas ao lado das outras. Pois, acreditem, até estas casinhas de trocar de roupas custam mais de um milhão de dólares quando vendidas, pasmem.

Praia de Brighton, em Melbourne


Outras Praias Australianas

Amigos falam que as praias urbanas de Perth são também lindas e aprazíveis. Perth é a única cidade grande do outro lado da Austrália, no oceano Índico, que fica isolada do resto do mundo. Suas praias costumam ser extremamente quentes e também não tem muita vegetação ou sombra.

As praias de Adelaide, a quarta grande cidade, no sul da Austrália, são similares. As praias do estado de Victória, cuja capital é Melbourne, são frias, e as do noroeste da Austrália são absurdamente desertas. Praias do sul da Austrália são famosas por suas rochas erodidas, onde parece que o mar vem fazendo um longo trabalho durante séculos, comendo a terra e derrubando os barrancos. Uma foto aérea do sul do continente australiano mostra como se fosse uma táboa flutuando, totalmente plano com os barrancos recortados, comidos igualmente pelo mar. Paisagem única no mundo, apesar de haver similaridades com as costas da Inglaterra, Irlanda, França e até Portugal, se bem que nestes países o relêvo é menos uniforme.

Outra coisa que o australiano curte muito são hotéis resort, em praias ou não. Como já citei, é programa que não gostamos de fazer, porque além de ficar-se circunscrito aos domínios dos hotéis, eles promovem muitas brincadeiras e jogos que nunca estamos a fim de participar porque achamos tudo “programa de índio”. Tem gente que gosta de fazer excursões, principalmente por causa destas “atividades”, mas isso é justamente o que mais detestamos, e por isso preferimos não excursionar. É uma questão de gosto. Já somos felizes o bastante, não precisamos de falsas alegrias compradas a peso de ouro.

Praias do Nordeste

Para finalisar, quem é do sul do Brasil provavelmente não nota muita diferença entre as praias de lá e as praias da Austrália. Mas como nós somos do nordeste do Brasil, existe uma diferença muito grande entre estas praias daqui e as de lá. Primeiro nosso mar é verde, o daqui é azul. Segundo nossas areias são amarelas, as daqui são beje. Terceiro nossas águas são mornas, as daqui são frias como as do sul do Brasil. E quarto, nossos coqueiros emprestam uma paisagem sem igual das praias tropicais que nem no norte da Austrália existem em tal quantidade. Eles emprestam sombra, além das grandes árvores brasileiras, coisa que aqui também não tem, mesmo em área de floresta tropical. E n
ão venham me dizer que um côco caindo na cabeça pode matar. Nunca vi isso. Enfim, o “tropical” daqui é menos tropical!

Nenhum comentário:

Postar um comentário