Começa que, ser mãe solteira é hoje em dia motivo de orgulho pela bravura da figura. Continua com a crença geral de que homem é inferior, mais estúpido e idiota. O “portrait” (retrato) do homem típico australiano é um bebum barrigudo segurando o controle remoto numa mão, arrotando, cercado por migalhas de pizza, e com uma garrafinha de cerveja na outra mão, claro.
Mãe solteira canguru (cartão de http://www.netmums.com/) |
Diligentes pais australianos... |
Crocodile Dundee, uma série de filmes sobre o que seria um australiano típico |
O governo dá benefícios para desempregados, fornece casas do mesmo nível de todo mundo pelas quais eles pagam menos, dá mais benefícios para cada filho, e ainda dá bônus para cada nascimento. Imagine o que você faria com uma fartura de benefícios destas? Vamos ver se você teria o perfil e gabarito para se qualificar para este tipo de “emprego” através dos seguintes exemplos.
Se você é irresponsável, foi frequentemente expulsa do colégio, da banda-voôu, dando pra todo mundo desde os 13 anos, esganiçada, escandalosa, filha de mãe separada que nunca viu o pai biológico, que fazia sexo com um dos filhos bastardos da mãe, o meio-irmão aborígine de 30 anos, e tendo sido “abusada” sexualmente pelo segundo “partner” da mãe, tendo sido botada de casa pra fora pelo quinto “partner” da mãe, você acharia que este era o “emprego” ideal para você.
Nem vendedora de McDonalds você conseguiu ser como todas as suas “girl-friends” (amigas) e ex-colegas de escola por ter respondido a processo por porte de drogas e direção embriagada entre os 15 e 17 anos, uma vez que os empregadores ingenuamente perguntam nos formulário se você respondeu a processos, mas se você mentir, eles descobrem do mesmo jeito, então não é tão ingenuamente assim, daí que ganhar dinheiro pra botar filhos no mundo fazendo o que você mais gosta de fazer, é realmente um maná dos deuses. Além de ganhar dinheiro pra abrir as pernas, ainda vai ter todo o tempo livre do mundo para “outras atividades” mais lucrativas.
Criança vale ouro |
Então a nossa personagem dessa estória arranja um “macho” também desempregado e com história semelhante, e requer do governo os benefícios merecidos assim que atinge 16 anos e sai de casa. O governo então lhe enche de dinheiro e depois de algum tempo ela consegue uma casa “do governo”, como são conhecidas estas casas que as pessoas compram e alugam para o governo, que subsequentemente as aluga para os “beneficiários” por um preço subsidiado. Para o dono da casa é negócio porque, apesar destes tipos de inquilinos frequentemente destruírem a casa, ela está sempre alugada para o governo.
Uma vez a casa é ocupada, mobiliada com móveis usados baratos, ela fica umas semanas com o “partner” na casa do governo, que pode ser sua vizinha porque as casas são disfarçadas, não se sabe que são casas de pessoas em dificuldade, que é para isso que existem estas casas desse jeito, para dar dignidade a quem está atravessando um período de penúria, então é um prato cheio para a nossa figurinha que dá uma de senhora respeitosa vivendo num bairro decente como todo mundo. Então esta mulher tem o primeiro bebê, com o qual passeia no carrinho de bebê lindo e bem cuidado, junto com o “partner” pra todo mundo ver.
Ela tem o cuidado de ajeitar o bebê bem direitinho do lado de fora da casa (pra todo mundo ver) porque isso não é o normal do povo daqui, sempre muito reservado. Além disso, semanalmente ela dá um nó nas cortinas da frente, que é sinal de que a casa está sob faxina, pra dizer que toma conta da casa direitinho. Em pouco tempo a casa parece um brinco, com parquinho de diversões no quintal, e graminha aparada na frente, cerquinha pintada e tal.
Muitas vezes a gente desconfia que uma casa ou apartamento é de governo porque tem muita mobília ou carros quebrados na frente, no jardim, na garagem ou no quintal, ou até roupas estendidas na varanda, coisa incomum em Canberra, porém mais comum em Sydney (como é comum em todos os países da Europa e Ásia – e nos bairros remediados da América Latina, etc). E muita gente que a gente conhece reclama ter uma casa do governo na redondeza por causa do fuzuê que fazem na casa. Um amigo nosso reclamava que o vizinho dos fundos era uma casa que abrigava doentes mentais, então quando visitávamos eles, ficávamos ouvindo uivos, antes dele vender a casa.
Então chega a hora desta mulher botar sua estratégia em prática, bolada por ela e pelo “partner”, e também de acordo com muita gente que ela conhece. Esta mulher então arma um barraco no meio da rua, pra onde vem a polícia e se instala naquele carnaval, com os vizinhos apreensivos olhando pelas brechinhas das persianas, que é assim que o povo daqui “acompanha” o que está acontecendo na rua, preocupados com o valor de revenda de seus imóveis, caso a coisa se torne conhecida e saia nos jornais. A polícia então prende o “partner”.
Para os vizinhos, o “partner” parece inocente porque ele fez questão de armar uma pré-cena pedindo a algum vizinho pra chamar a polícia porque a mulher estava enlouquecida e queria matar a criança no meio da noite. Só depois de muita história é que os vizinhos ingênuos sacam que tudo parecia mais uma armação, mas na hora parecia verdade.
Uma vez preso no camburão, o cara esbraveja, dá porrada dentro do camburão, mas a vaca é a mulher. O preso é sempre o homem primeiro, porque o regra é que o homem é o agressor, não interessa se ele não é, passa a ser suspeito só por ser homem, e só depois de provado na corte é que ele sai andando. Vai ver é por isso que tantos estão virando gays...
Este escândalo é repetido a cada ano, com o mesmo homem ou com outro, a fim de garantir que a figura tem motivo para ser mãe solteira, ou seja, impossível viver com os maridos.
O homem desaparece e nunca mais põe os pés ali. “Nunca mais” é força de expressão. Depois de alguns meses, lá está ele de volta “de bicicleta”, passa mais duas semanas, outra cena escandalosa com direito a polícia, e ele desaparece. Dali a uns meses a gente encontra o cara passeando com outra mulher empurrando outro carrinho de bebê, com a barriga cheia novamente. O casal vai fazer compras no super-mercado do shopping exibindo as crianças de ônibus (provavelmente ambos já tiveram as carteiras de motorista caçadas, ou então de ônibus é mais “visível” a felicidade e “normalidade” deles). Ou seja, ele é “parceiro profissional de aluguél” e vai ver até tem parte na recepção dos benefícios de cada uma das mulheres “impregnadas” (engravidadas, “impregnated”) por ele, e ele serve para fazer bebês nestas mães solteiras profissionais.
Faz um bebê aqui, outro bebê ali, e assim são outros homens de várias cores, tamanhos e raças, que passam duas semanas com estas mulheres, lhes dando filhos coloridos e espalhando seus genes, cujas crianças crescerão sendo os pesadelos das escolas, dos professores e da sociedade, fazendo proliferar a comunidade de criminosos e desviados na sociedade australiana.
Pois bem, nossa mãe faz tanta m..., mas tanta m..., que acaba sendo presa ela mesma. As crianças são então levadas para serem distribuidas com “foster parents” (pais temporários, que não são adotivos porque adoção é um problema seríssimo além de caríssimo também, muito mais complicado do que oferecer-se para ser “foster parents”), ou então o pai da figura, ou algum parente, pega as crianças pra criar bem longe da filha bastarda.
Era só o que ela mais queria, ficar livre das obrigações com as crianças. Então, quando ela é solta, meses depois, volta pra mesma casa, porque, por alguma estranha razão, a casa não é disponibilizada para outras pessoas necessitadas.
A casa tem um prazo longo para ser considerada abandonada ou disponível, coisa de 6 meses ou mais. A casa está abandonada a 6 meses, mas de vez em quando aparece alguém que se tranca nela, acende umas luzes, faz não sei o que, e depois vai embora. Esta pessoa muitas vezes faz faxina e corta a grama, para dar a impressão de que a casa não está vazia. Ou seja, deve ser alguém da comunidade de “defraudadores do serviço social” que se ajudam uns aos outros a fim de manter o “privilégio”. E com isso conseguem enganar os agentes sociais quando eles aparecem pra “checar” e vêem que tudo parece normal, apesar de darem com a cara na porta.
Quando a nossa personagem ainda está em casa, muitas vezes as pessoas do serviço social aparecem mas ela não atende, fingindo-se de morta. Quando as pessoas desaparecem, ela escancara a porta de novo. Assim mesmo acontece com a polícia, que muitas vezes estaciona no fim da rua esperando pegá-la em flagrante, mas provavelmente não falta quem lhe avise para ela não aparecer, e os policiais ficam com cara de tacho e não voltam mais. É muita gente feita de palhaça por estas figuras espertas. Então, para cuidar da casa até o pai da figura serve, pra cortar a grama, a fim de que ela permaneça ali, bem longe dele e lhe cause menos problemas.
Logo a tal figura passa a receber visitas de homens frequentemente, alguns estacionando em lugares sombrios, que entram e saem com “estranhos pacotinhos”. Os vizinhos começam a desconfiar de tráfico de drogas, mas os funcionários do serviço social quando vem visitar, dão com os burros n’água e tudo o que fazem é deixar bilhetinhos na porta. Por vezes tem diversos bilhetinhos nestas casas, e por vezes os bilhetinhos todos desaparecem de repente.
Alguns funcionários do governo ainda olham em volta e conseguem perguntar alguma coisa a algum vizinho, mas se o vizinho pergunta de volta, curioso, eles dizem que não podem dizer por causa da privacidade e tal! Eles podem ouvir muitas histórias, mas no pega pra capar, os sujeitinhos sabem muito bem como enrolar a fiscalização e conseguir continuar no bem bom. A estas alturas nossa “mãe” já não vê os filhos que estão sendo criados por outros faz tempo, se bem que de vez em quando receba a visita dos pimpolhos, mas ela engravida de novo e começa nova carreira, gerando mais filhos sem pais, cada um de uma cor diferente, de preferência.
Estas figuras frequentemente perdem a carteira de motorista por dirigirem bêbadas ou drogadas, então andam de ônibus pra cima a pra baixo com três ou quatro crianças, algumas nos carrinos de bebês, importunando todo mundo pra subir e descer nos ônibus com motoristas pacientes demais para nosso gosto. A certa altura, os motoristas foram proibidos de ajudarem, e elas então têm que fazer tudo sozinhas ou pegar algum idiota para ajudá-las para quem elas não dão nem um obrigado, como se fosse obrigação deles ajudarem uma mãe em dificuldades. Uma vez ou outra perdida elas estão com os “parceiros fazedores de filhos” e parecem um casal feliz com uma carrada de filhos bonitinhos.
Aqui na Austrália é muito comum você topar com uma mãe empurrando o filho no carrinho nos corredores de super-mercados e shopping centers. Elas se acham no direito de que todo mundo deve sair da frente delas, e se não saem, elas botam o carrinho por cima, decididas e desembestadas, prontas para a briga e para exercerem seus domínios de mães gloriosas e cheias de direitos. Obviamente que são ignorantes e entendem mal os direitos que tem, exagerando e exercendo o poder temporário para subjugar a população “inferior” que não têm bebês.
Estas mães geralmente não são mulheres que todo homem quer fazer filhos com elas. Elas são um desastre, magras que nem táboas, avacalhadas, escangalhadas, de cabelo pintado, fumantes, mas os “partners” não estão nem aí, foi buraco...
Estas mães não precisam trabalhar, coitadinhas, devido ao duro danado que dão para cuidar das crianças. Deveria ser verdade, e isso é o que todo mundo assume, inclusive o serviço social. Elas parecem até cuidar direitinho das crianças, a não ser quando as crianças se enfezam e dão gritos nelas, chamando elas de putas, e usando todo o arsenal de palavras de baixo calão que aprenderam com elas e com os “partners”, já daquela idadezinha. São crianças que começam jogando pedras nos vizinhos, ou jogando bola na rua, quebrando as vidraças deles, e por aí vai suas promissoras carreiras de futuros beneficiários do “sistema”.
Os fazedores de filhos também não são rebutalhos de homens não, são com frequência garotos fortinhos, bonitinhos, meio mal arrumados, mas capazes de fazer filhos saudáveis, cheios de testosteronas, que elas não são burras nem nada e arranjam do bom e do melhor. São mini-criminosos também, frequentemente presos. É um comércio verdadeiramente intenso, e quem paga por ele?
Nós pagamos por eles!
Pagamos com os nossos impostos. Os idiotas dos empregados do governo são incapazes de sacarem o que está acontecendo, mesmo com os formulários quilométricos que eles obrigam os beneficiários a preencherem todo ano. São completamente cegos pela burocracia, não enxergam um palmo adiante do nariz. Ou então eles se auto-protegem uns aos outros, só sendo!
Nós já sabíamos que muita gente, mas muita gente mesmo, já vivia assim de benefícios sociais na Europa, na Inglaterra, na França, mas nunca tínhamos visto assim, ao vivo. Tem gente que jamais trabalhou e jamais trabalhará, vivendo dos benefícios eternamente, porque é assim, quando você começa a ganhar dinheiro trabalhando, seus benefícios vão diminuido de acordo com os ganhos que você tem que declarar anualmente, até se reduzirem a zero se você ganhar muito. Então, se você consegue viver com a quantia dos benefícios, não precisa trabalhar. Estas pessoas tem carro, móveis, televisão, casa, parquinho para as crianças no quintal, tem tudo. Então trabalhar pra quê?
De quebra, como ela não é nenhuma santa, anda com gente barra pesada, e logicamente acaba traficando drogas para ganhar mais trocados. Até de prostituta ou dançarina sensual ela pode dar uma de, pois ter escrúpulos pra quê? Tem hora em que sua casa parece um bordel, o tanto de homens que entram e saem. Logicamente que esse comércio não dura muito, mas depois de mais alguns meses, lá está o comércio de novo, é cíclico. Entre uma prisão e outra, tome comércio.
Casa de Maria Joana
É frequente aqui na Austrália, país de “gente inteligente”, a polícia “quebrar” (“break”, encontrar e desmobilizar) uma casa normal como outra qualquer que, no entanto, é ocupada por Maria Joana... marijuana (maconha). Quer dizer, na maioria dos cômodos da casa grande, 4 quartos, o dono ou inquilino cultiva marijuana de forma “hidropônica”! Isso significa que as plantinhas crescem dentro de casa, como se fossem em estufas. Também é comum “quebrarem” laboratórios de outras drogas mais sofisticadas em fazendas.
E é assim que parte da Austrália maravilhosamente vive. Mas dificilmente você vai sacar isso numa visitinha de turista. Você vai achar lindo os casais empurrando os carrinhos de bebês deles sorrindo e se divertindo. Você pode se hospedar vizinho a uma destas casas e não sacar nada de estranho em um mês de estadia. Nem sequer barulho você pode ouvir, e se a polícia bater na porta da vizinha, você vai achar uma maravilha como eles são eficientes, como aparecem tantos carros pra uma simples ocorrência, que proteção! Vai ficar maravilhada como os oficiais são tão delicados, limpos, bem vestidos, falando baixo, compenetrados, circunspectos, dignos, silenciosos, cuidadosos e tal. Então, essa é a Austrália para turistas!
Ufa! Já é mais de meia-noite e fiquei aqui até agora. Seus posts são o máximo, maravilhosos. Acho que você deveria mesmo continuar a saga, contando o que aconteceu depois de tê-lo parado, o desenrolar de suas outras experiências. Só sugeriria que mudasse o layout do blog, pois negro não é uma cor atraente, além de dificultar muito a leitura (estou com olhos vermelhos em virtude do contraste da letra vs cor do blog, mas adorei lê-lo por horas a fio). Sobre o que contou da Austrália, e tem gente que acha que só no Brasil existem as podridões dos bolsas-família e tal. Morei na Europa e vi coisa que até mesmo Deus duvida, gente vivendo "da social" (do governo), fazendo filhos e filhos e vivendo de brisa.... seus posts são demais, e esse foi o melhor que li nesta noite, fechei com chave de ouro e vou dormir inspirada pela sua eloquência e textos contagiantes. Não pare de escrever, use sua inspiração para inspirar. Abraços! Dri
ResponderExcluirOi, Dri, tenho pensado nisso mesmo, em continuar as estórias, porque continua sempre havendo assuntos que, mesmo se forem repetidos, são sob um novo ângulo cada dia mais maduro, ou são continações que ficaram no ar. Sobre o layout to blog, meu marido também tem essa idéia. Parece que o preto realmente cansa a vista, obrigada. Vou tentar procurar outro layout mais ameno.
ExcluirAinda bem que você testemunhou o que acontece na Europa com relação aos "bolsa-famílias" da vida. É exatamente assim que acontece nos "primeiros-mundos", então Brasil agora faz parte desse grupo de países avançados.
Muito obrigada pela profusão de elogios e pelas sugestões.
Oi Dri, quem sabe você ainda volte aqui pra ler alguma coisa, então vai notar que mudei o layout para tornar o texto mais fácil de ler. Espero que esteja melhor mesmo mantendo o preto que eu gosto muito. Cheers!
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